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Gazeta de Itajahy

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Capa do Gazeta de ItajahyO baixo Vale do Itajaí viu nascer quase na mesma época três edições diferentes com o título de Gazeta. A primeira, em 1890, era de propriedade do médico e político Pedro Ferreira e Silva e recebia o nome de Gazeta de Itajahy; a segunda, em 1892, foi publicada em Blumenau na tipografia do jornal governista Blumenauer Zeitung com o nome Gazeta do Itajahy – mas com circulação também em Itajaí e Brusque; a terceira, em 1912, de propriedade de Manoel Ferreira de Miranda, tendo também o título de Gazeta de Itajahy – depois acrescentado ao título a expressão ‘Folha Popular’.

Há uma pequena diferença no nome dos dois primeiros periódicos – pequena, mas significativa. Enquanto o jornal feito em Itajahy tinha o nome de “Gazeta DE Itajahy”, o jornal de Blumenau tinha o nome de “Gazeta DO Itajahy”. Essa diferença sinaliza para o alcance pretendido por seus editores. O Gazeta de Itajahy pretendia alcançar os eleitores do Município de Itajaí e seus distritos, enquanto o Gazeta do Itajahy pretendia alcançar os eleitores do Vale do Itajahy por inteiro e, por isso mesmo, no seu cabeçalho ganha destaque a sentença: ‘Aos eleitores de Itajahy, Blumenau, Brusque’. Tendo objetivo eleitoral imediato, era distribuído gratuitamente.

Gazeta de Itajahy (1890)

O jornal Gazeta de Itajahy tinha uma personalidade toda própria, já que omitia os nomes de seus responsáveis, tornando-se um periódico político formatado para os tempos eleitorais. No jornalismo seguia o roteiro imposto à imprensa da época. Publicava folhetins, informações de serviço, notas sociais de viagens, notas telegráficas e nomeações a cargos públicos.

Gazeta de Itajahy (1912)

Outro jornal Gazeta de Itajahy começou a circular no dia 15 de fevereiro de 1912, como um “Orgam noticioso” sob comando de Manoel Ferreira de Miranda. Diferentemente dos jornais anteriores que circularam sob comando do “professor Manoelzinho”, que apresentavam feições juvenis e amadoristas, o Gazeta apresenta-se mais encorpado, com feição de jornal comercial tradicional.

Esse jornal está muito relacionado ao drama vivido por seu proprietário no que ficou conhecido em todo o Estado de Santa Catarina como “Carnaval Sangrento”. O episódio começou com a repressão policial sobre manifestação da oposição no carnaval e culminou com o professor Manoelzinho recebendo um tiro, tendo de amputar a perna.

Obviamente que o episódio não pode ser tipificado como uma repressão à imprensa, devendo ser atribuído às práticas despóticas e violentas que a polícia executava ordinariamente à época. Contudo, o episódio foi potencializado por ter como protagonista principal um proprietário de jornal.

[Fonte: História da Imprensa em Itajaí – volume I – tomo I – acesso em magru.com.br]

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