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Bibliotecas de Itajaí

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Grêmio Literário 3 de Maio – a primeira biblioteca comunitária de Itajaí foi montada pela entidade Grêmio Literário 3 de Maio no ano de 1904. O nome da entidade dá-se pelo fato de que por muito tempo esta era a data oficial do descobrimento do Brasil, já que os historiadores não tinham conhecimento da Carta de Pero Vaz de Caminha. A iniciativa de criar uma ‘sociedade literária e patriótica’ junta-se às diversas iniciativas de se comemorar a passagem dos quatrocentos anos de descobrimento do Brasil. A primeira diretoria ficou assim constituída: presidente: Pedro Ferreira e Silva; secretário: Thiago da Fonseca; segundo secretário: Athanagildo de Oliveira; tesoureiro: Arno Konder; orador: Tibúrcio de Freitas. A biblioteca foi se formando aos poucos, através de doações em dinheiro e livros. Contudo, no ano de 1925 a entidade encontrou seu declínio e a biblioteca foi transferida para a nova sede da Prefeitura, o atual Palácio Marcos Konder. Ali, contudo, definhou de vez, espalhando seus exemplares pela cidade.

Biblioteca Municipal Dr. Pedro Ferreira – considerada pelo historiador Edison d’Ávila como ‘Uma iniciativa pública frustrada’ a biblioteca Pedro Ferreira seria a primeira biblioteca pública de Itajaí. Contudo, ela nasceu o solo infértil da disputa política. Acontece que em 1942 os jovens ligados à UDN dos Konder começavam a forma fileiras no recém-criado Centro Cultural de Itajaí. Seus adversários políticos, vinculados à UDN e ao governo Ramos, tentaram desestabilizar politicamente o grupo formando eles próprio um centro cultural e uma biblioteca. Para tanto, o prefeito Francisco de Almeida assina o Decreto-Lei nº 37, de 05 de março de 1942, criando a nova instituição que ‘nunca saiu do papel e afinal restou uma iniciativa totalmente frustrada’.

Biblioteca Vasconcelos Drummond – a biblioteca é uma iniciativa do Centro Cultural de Itajaí – fundado a 05 de dezembro de 1941, por iniciativa de funcionários Banco Inco e adeptos políticos da UDN dos Konder. O mesmo grupo que motivo a iniciativa frustrada da criação da Biblioteca Municipal Dr. Pedro Ferreira. A nova biblioteca foi inaugurada oficialmente a 13 de fevereiro de 1943, logrando grande sucesso e adesão da elite letrada da cidade. Em determinado momento a Prefeitura passou a subvencionar a biblioteca, fazendo com que tivesse recursos para adquirir novos títulos e emprestá-los ao público em geral. A biblioteca e sua instituição mantenedora entram em declínio no final dos anos cinquenta, com os volumes novamente perambulando pela cidade, com muitos associados e leitores simplesmente criando o hábito de não devolver após a leitura.

Biblioteca Pública Municipal – O prefeito Eduardo Solon Cabral Canziani assina a Lei nº 677 no dia 10 de dezembro de 1965 criando a Biblioteca Pública Municipal, prevendo, inclusive, receber por doação o acervo restante da Biblioteca Vasconcelos Drummond que já estava em poder da municipalidade. Mas, era fim de mandato e seu sucessor e opositor fez da Lei letra morta.

Biblioteca da Fepevi – Os livros da biblioteca do Centro Cultural de Itajaí continuaram espalhados pela cidade ou amontoados em lugar insalubre no prédio da Prefeitura até o ano de 1966, quando um grupo de jovens estudantes – liderados pelo acadêmico das ‘Faculdades’ Luiz Antônio Cechinel – encontrou o acervo e resolveu promover campanha em prol da revitalização do Centro Cultural de Itajaí e, por seguinte, sua biblioteca. Esta foi instalada, por concessão do prefeito Carlos de Paula Seára, em uma sala improvisada na garagem municipal. Ato contínuo, Luiz Antonio Cechinel liderou nova campanha para a construção de uma sede para a biblioteca, agora, já na condição de professor do Colégio Salesiano Itajaí. Foram anos de luta, até que a biblioteca do Centro Cultural fosse incorporada pela Fepevi, que finalizou sua sede, à rua João Bauer, no ano de 1975. A Biblioteca da Fepevi, portanto, herdava exemplares das bibliotecas comunitárias até ali existentes em Itajaí, mostrando ao Ministério da Educação que estava devidamente equipada com um acervo bibliográfico suficiente para ter o reconhecimento oficial de seus cursos de graduação.

Biblioteca Pública Municipal Vasconcelos Drummond – No ano de 1975 a Prefeitura abriu uma ‘sala de leitura’ no prédio que abrigava a Prefeitura [transferida para nova sede na Avenida Coronel Eugênio Müller]. Resolveu resgatar o nome da antiga biblioteca mantida pelo Centro Cultural. Contudo, em 1979, a Fundação Genésio Miranda Lins passou a ser herdeira de todo o espaço do atual Palácio Marcos Konder. Para abrir espaço para o Museu Histórico de Itajaí,  espalhou o acervo da ‘sala de leitura’ por três pontos distintos da cidade: Sala de Leitura Jaime Fernandes Vieira – em Cordeiros; Juventino Linhares – em São Vicente; Rachel Liberato Meyer – São Judas. Estas salas foram desativadas pela Prefeitura em 1983 e o acervo novamente foi distribuído pelas várias escolas municipais.

Biblioteca Pública Municipal de Escolar Norberto Cândido Silveira Júnior – O Município de Itajaí cria uma nova biblioteca através do Decreto nº 6078 de 15 de março de 2000, é a Biblioteca Pública Municipal e Escolar Norberto Cândido Silveira Júnior, inaugurada a 27 de junho de 2000 utilizando o prédio da antiga Fábrica Renaux, no Bairro São João.

FONTE:

1 – D’ÁVILA, Edison. Espaços públicos de leitura em Itajaí. IN: Anuário de Itajaí 2000. Itajaí: FGML, 2000. Páginas 73-81.

2 – D’ÁVILA, Edison. Pequena história de Itajaí. l ed. rev.ampl. Florianópolis: IHGSC, 2018.

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