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Casa Aberta

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José Roberto Severino [Beto] iniciou o Sebo Casa Aberta em uma sala da sua casa, à Avenida Joca Brandão, ainda quando era acadêmico do Curso de História na antiga Fepevi, atual Univali, a partir do ano de 1987. Começou com um acervo de duzentos livros que vendia/trocava entre os amigos da faculdade. Desta forma, o Casa Aberta constituiu-se como um ‘coletivo’ da esquerda que atuava na Fepevi, já que Beto tinha orientação ideológica anárquica e tinha como parceira de projeto a professora Ierecê Brandão, também de esquerda. Beto e Ierecê promoveram diversas viagens a São Paulo para comprar livros em sebos conhecidos como era o caso do tradicional ‘Messias’. Mais adiante, Beto compra a parte da sociedade com Ierecê entregando seu fusca branco 1973. Em 1991 amplia o espaço, revendendo também discos de vinil que comprou em Joinville e Curitiba.

No ano de 1994 o Casa Aberta mudou-se para uma sala na galeria do Cine Luz, na Manoel Vieira Garção, em busca de mais espaço. Mas, a Casa continua crescendo e um novo espaço é necessário. Assim, no ano de 1997 o empreendimento muda para a Rua Lauro Müller número 287, ocupando o primeiro piso da Casa Konder – tombada como patrimônio histórico de Itajaí.

‘Casa Aberta’ foi o mais sofisticado sebo de Itajaí. Começou como um ‘coletivo’ e firmou-se como uma empresa que tinha serviço de qualidade para oferecer aos seus clientes. Infelizmente foi fechado nos tempos da pandemia do Covid.

 

FONTE: SANTOS, Lilian Bittencourt dos. Uma história de sebo. IN: Anuário de Itajaí 2002. Itajaí: FGML, 2002. Páginas 43-51.

TEXTO: Magru Floriano. Itajaipedia.

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