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Tainha feita cambira – receita 3

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Diante da necessidade de conservar a tainha por mais tempo era comum no tempo antigo colocar a carne ao sol. Essa tradição de fazer tainha escalada e seca ao sol é denominada de cambira ou combira.

Para fazer uma tainha combira é muito fácil. Abre-se a tainha pelas costas, deixando a espinha central pender para uma das laterais. Tira-se a cabeça, escamas e vísceras. Deixa-se o pescado por quatro dias de molho na água com sal [salmoura] até que sua carne fique marrom. Tira-se o pescado da salmoura e coloca-se para secar dois dias ao sol.

Com esse procedimento o pescado pode ser guardado, em lugar seco, por até três meses. No caso do pescado ser consumido nos dias seguintes não há necessidade de mantê-lo tanto tempo na salmoura. Muitos pescadores encurtam o tempo da salmoura para até quatro horas. O tempo na salmoura e no varal é que vai ditar a consistência da carne, mais ou menos seca e dura.

Antigamente o pessoal colocava o pescado ao sol em cercas de madeira já existentes na propriedade. Em locais com incidência de muita mosca era comum fazer varais de cipó esticados com longas varas de bambu postas ao meio. Quanto mais alto mais dificultado o acesso do inseto ao peixe. Também era comum fazer uma pequena fogueira com folhas verdes próxima ao varal ou cerca, com menos fogo e mais fumaça.

FONTES: Adir da Silva, João Elpídio Serpa, Hélio José da Silva.

FLORIANO, Magru. Tainha – a tradição da pesca da tainha no litoral de Santa Catarina. Itajaí: Brisa Utópica, 2016.

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