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Italianos em Itajaí

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Monumento ‘A chegada’ autoria de Valmir Binhoti – Itajaí/SC

No ano de 2025 foi comemorada a chegada de inúmeras famílias italianas no Vale do Itajaí. O Município de Itajaí promoveu evento especial no dia 06 de junho de 2025. Na oportunidade foi inaugurado o monumento ‘Chegada’ (L’arrivo), idealizado pelo artista plástico Valmir Binhotti. Itajaí fez parte das comemorações estendidas a todo o Vale do Itajaí por ser o porto de entrada de todas as famílias italianas colonizadoras e, mais tarde, abrigar muitos descendentes de italianos vindos de diversas regiões do Estado de Santa Catarina. No ano de 2025 estima-se que moram em Itajaí mais de duzentas famílias com sobrenome italiano.

Famílias italianas

Entre as famílias que aqui aportaram para ocuparem terras na hinterlândia do Vale do Itajaí algumas por aqui ficaram, outras, migraram por terras do próprio Vale por gerações sucessivas, chegando à Itajaí posteriormente. As famílias originárias da imigração de 1875 são em número de vinte e sete, vindas da região de Trento, localizada ao Norte da Itália. Elas embarcaram no Porto de Trieste rumo ao Brasil. Os colonos foram recebidos no Porto de Itajaí permanecendo por algum tempo no ‘galpão da Barra do Rio’. Restabelecidas da longa viagem de travessia do Atlântico, subiram de canoa o rio Itajaí-Açu para ocupar, inicialmente, terras na região de Rio dos Cedros. Elas deram decisiva contribuição para o desenvolvimento sócio-econômico-político do Município de Itajaí, notadamente na atividade agrícola. Novas levas de imigrantes chegaram ao Vale do Itajaí durante os séculos XIX e XX, perfazendo nos dias atuais cerca de duzentas famílias. Atualmente, podemos fazer referência às seguintes famílias de origem italiana que possuem representantes no Município de Itajaí:

Adami, Angioletti, Ardigó, Archer, Baldo, Barbi, Bagatolli, Beber, Belli, Bellini, Bernardi, Bernardoni, Berti, Bertoldi, Bettoni, Bianchini, Binhotti, Biz, Bolda, Bonanoni, Bonessi, Bonetti, Boni, Bordin, Borghesi, Borinelli, Boticelli, Busarello, Camatti, Campestrini, Canella, Capistrano, Capitanio, Casini, Cavichioli, Cecatto, Celva, Chiarelli, Christofoletti, Cipriani, Claudino, Colsani, Comelli, Coppi, Corbani, Cordenonsi, Cristofolini, Cuco, D’Alesco, Dadam, Dagnoni, Dal Ri, Dal Zocchio, Dallago, Dalcastegne, Dalcastel, Dalçóquio, Dallago, Dalmolin, Dalpra, Dalpri, Darugna, Debortoli, Delcastanher, Demarchi, Deolla, Dissenha, Dognoni, Dominoni, Fabeni, Facchini, Faccioli, Fantini, Faraco, Favarin, Fáveri, Feler, Felizari, Feminella, Ferraciolli, Ferrari, Finardi, Fiorenzano, Fistarol, Floriani, Fontolan, Frassini, Fronza, Galatto, Galotti, Gamba, Gardini, Gazaniga, Gervasi, Ghisi, Gilli, Ghislandi, Gripa, Gueda, Guerra, Lamin, Lana, Lazzaris, Lenzi, Lombardi, Longo, Lucrezia, Lunardelle, Lunardelli, Maestri, Marchetti, Marchioretto, Mariani, Merísio, Merlo, Mezadri, Mezaroba, Miglioli, Migliorini, Minini, Moleri, Montibeller, Montieri, Morastoni, Moretto, Moro, Moser, Negri, Nicoletti, Nolli, Nocetti, Odelli, Orsi, Panca, Páscuo, Patissi, Pedrini, Pedroni, Pessatti, Perini, Pianezzer, Piazzera, Picolli, Pisetta, Pissetti, Pivatto, Polli, Pradi, Raimondi, Rampelotti, Razzini, Rescarolli, Rizi, Rodi, Romagnani, Ronchi, Rossi, Russi, Rover, Sandri, Santângelo, Schiavo, Sgonbossa, Silvestri, Sisconetto, Slomp, Spézia, Stédile, Stolf, Stringari, Testoni, Tinelli, Tomazoni, Tomelin, Tomio, Trainotti, Tramontin, Tramontini, Trés, Trevisani, Tridapalli, Uller, Vanolli, Vecchi, Victorino, Vigarani, Vigarini, Vignoli, Vinholi, Visentainer, Vitti, Viviani, Zaguini, Zambonetti, Zanatta, Zanca, Zanelato, Zanella, Zarrilli, Zatelli, Zen, Zermiani, Zucco, Zuconelli.

Destaque

Entre as famílias que utilizaram o Porto de Itajaí para adentrar as terras do Vale do Itajaí merece destaque a família Visentainer, integrada pela criança (dez anos de idade) Amábile Lúcia Visentainer, posteriormente conhecida por seu trabalho comunitário e institucional como Madre Paulina. Também reconhecida como ‘Amabilíssima’ atualmente é cultuada como Santa Paulina. Itajaí já havia fixado um busto de Amábile na Praça Vidal Ramos, voltado para o Rio Itajaí, próximo ao Pier Turístico, registrando a chegada de sua família ao Porto de Itajaí no dia 05 de novembro de 1875. Também, há muito, busca-se definir um ‘caminho santo’, entre Itajaí e Nova Trento, a ser trilhado por peregrinos católicos e devotos da Santa Paulina.  Foi este caminho entre Nova Trento e o Porto de Itajaí que Madre Paulina trilhou por diversas vezes. Partindo de Itajaí ela chegou a Nova Trento onde fundou a Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição e, também, daqui partiu para São Paulo onde construiu obra caridosa de assistência às crianças órfãs e famílias necessitadas.

O monumento

O artista descendente de italianos por parte materna, Valmir Binhotti, concebeu o monumento alusivo aos 150 anos de chegada dos italianos no Vale do Itajaí com três figuras constituindo uma família. Busca retratar três elementos principais da cultura italiana: trabalho cotidiano na agricultura, valorização da família, religiosidade. O monumento foi montado com uma massa composta de cimento e pó de mármore, sobreposta a uma estrutura de ferro galvanizado. Ele foi montado na Praça Almirante Tamandaré, na confluência das ruas Silva, Pedro Ferreira e avenida Prefeito Paulo Bauer, defronte ao prédio da antiga Fiscalização do Porto. Os custos do monumento foram totalmente bancados por contribuição espontânea proposta por integrantes de famílias italianas aqui residentes.

TEXTO: Magru Floriano.

FONTES:

1 – Itajai de Antigamente – https://www.facebook.com/groups/itajaideantigamente.

2 – D’ÁVILA, Edison. Coluna Fato&Comentário. Acessado em 29 de maio de 2025. disponível em: https://diarinho.net/coluna/629432/Imigracao-italiana-e-arte.

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