ANI – Associação Náutica de Itajaí
A ANI – Associação Náutica de Itajaí foi idealizada pelo casal de velejadores oceânicos Vilmar e Higina Braz. A ideia do projeto esportivo e social surgiu quando conheceram iniciativa idêntica na Itália durante a viagem de circunavegação que promoveram por quase cinco anos entre 1997 e 2002 a bordo do veleiro ‘Jornal’. Após visitarem 45 países, navegarem 32.600 milhas náuticas a bordo de um pequeno veleiro da classe Samoa, de 29 pés, chegaram a Itajaí decididos a criarem a ANI, visando dar oportunidade aos jovens de praticarem o esporte náutico da vela. Assim, a ONG foi registrada oficialmente ainda no ano de 2002, trilhando um caminho de sucesso junto à comunidade itajaiense, notadamente com o público jovem integrante da rede pública de ensino.
Construção de veleiros
Além de tocarem diversos projetos de cunho social visando dar acesso ao esporte náutico às crianças oriundas de famílias de pouco poder aquisitivo, a entidade também ajuda os velejadores a realizarem o sonho de construírem seus próprios barcos. A ideia tomou forma no ano de 2008, em um galpão emprestado por Manoel Camilo, que recebeu o nome de PAIOL, reconhecido por todos os frequentadores como o Paiol da ANI. A liderança é do ‘Mestre Wilson’, como é conhecido Wilson José da Silva. Ali é montado um pequeno veleiro de madeira com 3,5 metros de comprimento. A construção demora cerca de um ano, utilizando compensado naval e resina epóxi, sendo possível navegar a vela ou apenas no remo. Pesa em torno de cinquenta quilos, com capacidade para duas pessoas – um adulto e uma criança. Esse pequeno veleiro está incluído na classe ‘Shellback’s’, projetado pelo norteamericano Joel White.
Nos últimos anos o pessoal da ANI se envolveu em um projeto mais arrojado: construir um pequeno veleiro a partir de projeto próprio. Assim, em 2012, surgiu da Oficina de Construção Naval do Paiol o modelo Íbis, da classe Íbis Rubra 3.5. Barco de pequeno porte, com 3,5 metros de comprimento, linha clássica, proa reta, costado trincado.
Projetos da ANI até 2025:
– Navegando pela cidadania – atende quase trezentas crianças da rede pública de ensino.
– Escolinha de vela – inicia na categoria ‘optimist’ crianças a partir de sete anos de idade.
– Equipe de rendimento – visa formação técnica para competição em alto rendimento de vela.
– Paracanoagem – Preparação de paratletas de canoa e caiaque em alto rendimento.
– Barco escola – oportuniza a primeira experiência com a vela oceânica
– Construção naval – Oportuniza que o velejador construa seu próprio barco. O projeto dura nove meses e é feito no ‘Paiol’ da própria entidade.
TEXTO: Magru Floriano.
FONTE:
1 – Diarinho do Litoral. Disponível em www. anitajai.org/sobre/. Acessado em: 12 de junho de 2025.
2 – WERNER, Carlos. Conversas de convés – a imaginação ganha o vento. Itajaí: Traços & Capturas, 2020.