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Caverna do Morcego

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O morro que abriga a Caverna do Morcego é reconhecido popularmente como Morro da Caverna do Morcego, mas também tem o nome de Morro da Pedra Alta. Em parceria com o Morro do Farol ele forma dois cabeços que adentram o mar. Esses dois cabeços podem ter servido de referência para os marinheiros denominarem a praia do lado norte de Cabeçudas.

A caverna ali existente apresenta diversas salas e naves, com formações de estalactites. Ela é a maior caverna conhecida do litoral de Itajaí com salões de até quinze metros de comprimento. Especialistas em turismo de aventura relacionam a caverna, junto com o paredão de antiga pedreira existente no costão norte da Praia Brava, como possíveis pontos a serem incluídos em um roteiro regional voltado exclusivamente a adeptos de esportes radicais.

Descrição da caverna

O repórter do jornal Diário do Litoral,  Sandro Silva, faz a seguinte descrição da Caverna do Morcêgo: “A entrada da caverna é uma fenda irregular a cerca de cinco metros de altura, na encosta do pequeno morro do Morcêgo, no canto norte da Praia Brava, em Itajaí. Fica escondida entre a vegetação e as rochas. Talvez por isso a gruta não seja tão frequentada quanto o seu nome é conhecido. É preciso descer cerca de três metros pelo buraco da entrada pra se ter ideia da dimensão da caverna. Sua parte inicial talvez seja a mais ampla. São três salas integradas. Juntas, essas salas têm algo entre 12 e 15 metros de comprimento e têm o formato de um ‘L’. Há pelo menos duas naves que separam essas salas. São como se fossem abóbadas. Numa delas, a altura passa de quatro metros. É no topo dessas naves que surgem formações ainda incipientes de estalactites, as típicas formações pontiagudas que descem do teto das cavernas. […]”.

Depoimento de Magru Floriano

Na minha juventude tive oportunidade de explorar por diversas vezes a Caverna do Morcêgo ainda na década de 1970. O acesso pelo Morro do Farol, em Cabeçudas, ainda era permitido pela Marinha de Guerra do Brasil e, era comum, fazermos piqueniques e caminhadas por todo o litoral agreste da região, entre Praia Brava e Canto Grande (Bombinhas). Desde muito cedo eu era colecionador de rochas e, portanto, cometi o desatino de quebrar várias pedras da caverna para levar como mostra para a minha coleção. Uma coleção que fazia sucesso nas aulas de Ciências e Geografia no Colégio Salesiano de Itajaí. Apresentando aos demais estudantes os pedaços de estalactite e estalagmite que retirava da caverna acabei, por pura inocência e ingenuidade, incentivando muitos outros jovens a visitarem a caverna para depredá-la trazendo para casa como souveniers pedaços de rochas. Uma vez fui mais ousado. Por ser o mais magro do grupo, resolvi explorar um estreito túnel que tinha à esquerda do fundo da caverna. Mal podia respirar e avançava vagarosamente em base de barro molhado, deitado. Depois, tive de voltar de ré, porque não tive condições de fazer qualquer manobra de retorno com o corpo, já que o espaço era por demais apertado e me senti um pouco asfixiado para continuar em frente. Em uma outra oportunidade, dei a volta em todo o Morro do Farol pelo costão do lado sul e acabei encontrando uma outra caverna. Esta era totalmente de argila. Entrei, senti o perigo do desmoronamento e sai dali o mais rápido possível. É uma caverna bem de frente para o mar. Na ponta extrema do Morro do Farol.

TEXTO: Magru Floriano. Itajaipedia.

FONTE: SILVA, Sandro. Famosa mas ignorada: Caverna do Morcedo, conhecida por todos e explorada por poucos. IN: Diarinho., edição de 16 de julho de 2012. página 08. Caderno Especial.

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