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Dicionário da pesca da tainha – M – N – O

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MACÔA – Tainha ovada de maior porte. Seria a tainha-fêmea de grande porte em contraponto com maranhão que é a tainha-macho de tamanho muito especial.

MAGOTE [mangote] – O mesmo que cardume à flor d´água, manta, bola de peixe, malha.

MAGUTÃO – Cardume de peixe desproporcional, gigantesco, incalculável. Cabidal.

MALHA – 1] A parte da rede constituída pelos fios transados. O mesmo que Pano; 2] Cardume. Magote. Manta de peixes.

MALHAR – O ato da tainha ficar presa à malha ao tentar escapar do cerco da rede.

MALHEIRO [malheira] – Peça de madeira utilizada para medir o tamanho da malha da rede. Maieira.

MALINADA – Pessoa que está sofrendo da ação de “olho grande” e inveja, ou está com azar, precisando ser benzido.

MANGA – Primeira parte do pano de rede ligada ao cabo pelo calão. Na rede da pesca da tainha geralmente é feita em malha onze.

MANJUVA [manjuba] – Espécie de peixe muito pequeno que vive em grandes cardumes nas águas próximas à costa. Por ter o formato parecido com a sardinha muitos confundem como filhotes da espécie. A pesca industrial usa a manjuva como isca viva na captura do atum.

MANTA – O mesmo que cardume à flor d´água, magote, malha, bola de peixe.

MAR AZUL – Local do mar onde a água é mais azul diferenciando muito da água barrenta próxima da costa. Fica visível a linha divisória entre as águas por causa da mudança de tonalidade.

MAR CHÃO – Mar muito calmo, sem ondas, liso. Mar de almirante.

MAR DE LAVADIO – Mar que está no horário do lavadio, subida da maré. Mar que lava praia e costão.

MAR GROSSO – Mar apresentando ondas muito altas.

MAR MEXIDO – Mar agitado pelo vento, picado.

MARANHÃO – Denominação dada à tainha de grande porte. Aquela tainha com mais de cinco quilos geralmente macho.

MAREADO – Diz-se do pescador que ficou enjoado com o balanço da embarcação. Marejado.

MARESIA – 1] Cheiro de mar; 2] Ar úmido e salgado que vem do mar trazendo salitre que provoca corrosão em superfícies metálicas. Quando um carro ou grade de ferro enferruja diz-se que sofreu a ação da maresia.

MARIADA – Surgimento inesperado e rápido de um cardume à flor d´água.

MARISQUEIRA – Designa a fazenda marinha especializada no cultivo de marisco. No litoral de Santa Catarina essas fazendas também criam vieira e ostra.

MARMANSO – Mar calmo, sem ondas.

MAROLA – Pequena onda produzida pela passagem de uma embarcação.

MATO DE CAMBORIÚ – Antiga denominação do litoral do Município de Camboriú que compreendia as atuais praias de Estaleiro, Estaleirinho, da Ilhota e do Plaza.

MEEIRO – Pescador que cuida do pano da rede. Recebe o nome porque geralmente fica sentado no banco do meio da canoa.

MESTRE – Na pesca industrial o mestre é o responsável legal pela embarcação e tudo o que ocorre durante a pescaria. É pessoa de confiança do proeiro e por isso usualmente é indicado por ele.

MIUDEIRA – Rede com malha muito miúda geralmente proibida pelos órgãos ambientais.

MOTORISTA – Na pesca industrial é o profissional responsável pela manutenção e funcionamento do motor da embarcação.

NALHO – Linha de Nylon

NAVEGANTES – Antigo distrito e bairro de Itajaí, atual município que abriga as praias de Navegantes [antiga Praia de Itajahy] e Gravatá.

NIJE – Corda da âncora.

NISQUINHA – Pequena porção de alguma coisa. Quando o lanço resulta em pouca tainha diz-se que foi pega uma nisquinha de peixe.

NORDESTÃO – Vento nordeste muito forte.

OLHEIRO – É o membro da equipe de pesca responsável por ficar olhando o mar para alertar a camaradagem sobre a chegada do cardume à praia. Também orienta com panos em mãos a direção que deve ocorrer o cerco. Atalaia, vigia, espia.

OLHO – Parte da tarrafa que se junta à fieira.

ORAÇA – Pequena alteração obtida na superfície da água parada. A oraça pode ser obtida por um mergulho, lançamento de linha de pescaria, o saltio do peixe. As crianças gostam de jogar pequenas pedras na superfície d´água de forma que elas vão salteando e deixando oraças pelo caminho.

FONTE: FLORIANO, Magru. Tainha – a tradição da pesca da tainha no litoral de Santa Catarina. Itajaí: Brisa Utópica, 2016.

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