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Diversão 1 – antigamente

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Uma das formas mais tradicionais de lazer em Itajaí era a prática esportiva. Do tiro ao remo, das corridas de bicicletas ao bolão … a variedade era considerável. O lazer ganhou grandes aliados quando foram sendo constituídos os grandes grêmios esportivos e recreativos: Sociedade Germània [1876], Clube de Caça e Tiro Vasconcelos Drummond [1895], Sociedade Estrela do Oriente [1897], Guarani [1897], Clube Náutico Marcílio Dias [1919], Clube Náutico Almirante Barroso [1919], Sociedade Cultural e Assistencial Tiradentes [1920]. Bloco dos XX [1929], Sociedade Recreativa e Cultural da Vila [1938], Sociedade Grêmio XXI de Julho [1947], Grêmio Esportivo Fiúza Lima [1948], Sociedade Cultural e Beneficente Sebastião Lucas [1952], Sociedade Recreativa e Cultural da Fazenda [1956], Iate Clube Cabeçudas [1958], Itamirim Clube de Campo [1972]. Os clubes eram os principais realizadores de competições esportivas e, principalmente, de eventos promocionais da admiradíssima dança de salão.

LAZER E SOCIABILIDADES

O lazer de passeio e atividades de rua ganhou um grande impulso após o ano de 1908 – quando começaram a ser editadas as primeiras leis garantindo descanso aos trabalhadores, notadamente aos sábados e domingos. Nosso carnaval de rua era muito forte até 1911, mas ficou décadas inativo por conta do episódio conhecido como ‘carnaval sangrento’. Mesmo assim, antes dos desfiles de carros alegóricos, bandinhas e blocos, tínhamos o tradicional ‘entrudo’. Nas noites e finais de semana ocorriam palestras nas salas dos hotéis, trocas de exemplares de livros, as tradicionais visitas entre famílias, chás beneficentes e grandiosos piqueniques com familiares e amigos.

A Igreja Católica era responsável por uma boa parte das atividades de sociabilidades de final de semana e feriados. Muita gente frequentava as missas de domingo, novenas, terços noturnos, grupos de orações. Também eram muito frequentadas as festas religiosas com datas anuais, notadamente Corpus Christis, Nossa Senhora Conceição, Nossa Senhora dos Navegantes. Eram promovidas romarias para Nossa Senhora do Iguape. Os jovens aproveitavam esses momentos para os tradicionais ‘footings’ com as moças desfilando pelas ruas e praças enquanto os homens ficavam encostados em muros e paredes de prédios comerciais na esperança de um olhar correspondido.

CASAS DE CAFÉ

Principalmente para os homens começaram a surgir as ‘casas de café’. Pontos comerciais onde eram possíveis as trocas de informações, articulações políticas, transações comerciais e muita ‘conversa jogada fora’ – aquele tempo que se passa conversando com um amigo sem um objetivo maior do que simplesmente passar um tempo de forma leve e agradável. Segundo o memorialista Juventino Linhares o primeiro Café da Rua Hercílio Luz foi montado por José Renato de Souza, seguido por Horácio Cunha – café quase na esquina da Rua Felipe Schmidt com o nome de Café Alvorada. O empreendimento passou para as mãos de Joaquim Espíndola e, depois, para João Honório Miranda. Também servia como uma casa noturna de jogo de mesa.

Existiam jogos de mesa – em bares, restaurantes e clubes – como é o caso da sinuca, carteado, xadrez, dominó e a víspora, hoje conhecida como bingo. Existiam as diversões com bichos: corrida de cavalo, boi na vara, boi na mangueira, brigas em rinhas de galo.

TEXTO: Magru Floriano. Itajaipédia.

FONTE: LINHARES, Juventino. O que a memória guardou. Itajaí: Univali, 1997.

 

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