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Hidrovia do Rio Itajaí

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Desde os primórdios da colonização o Rio Itajaí e seus afluentes serviram como única via de acesso à hinterlândia do Vale do Itajaí. No início do século passado [1900] já existia um grande número de embarcações promovendo o trajeto de passageiros e mercadorias entre os portos fluviais de Blumenau – Gaspar – Ilhota – Itajaí. Os passageiros contavam com os vapores ‘Blumenau’ e ‘Progresso’ – movimentados por rodas de pás laterais, sem hélices. O Vapor Blumenau contou no seu comando com Carlos Krubeck e Gustavo Hacklander, tendo José Gall como maquinista. O ‘Progresso’ teve no comando Alfredo do Canto. O trajeto entre Itajaí e Blumenau podia demorar um dia inteiro. O tempo exato dependia do número de paradas ao longo do trajeto, para atender as comunidades ribeirinhas e, principalmente, as condições de correnteza do próprio Rio Itajaí.

TRANSPORTE DE CARGA

Para o transporte de carga as grandes companhias criaram as tradicionais lanchas conhecidas popularmente por ‘peruas’ e ‘barcaças’. Nesse tempo, ficaram famosas as barcaças da Companhia Malburg. Muitas vezes, para ganhar tempo, as peruas subiam o Rio no reboque dos vapores.

Já para o transporte de madeira, principalmente a canela vinda de Luis Alves, eram improvisadas as tradicionais balsas. Essas balsas eram feitas com grande quantidade de taboado amarrado em lotes. Sobre a balsa era feita uma pequena cabana para abrigar os balseiros durante o trajeto até Itajaí que podia demorar uma semana. Para as balsas obedecerem o trajeto designado pelos balseiros eram utilizados os ‘varejões’ – grandes varas de bambu. Também era utilizada a navegação à circa, que consistia em voltear uma grande corda em uma árvore na ribanceira do rio para ajudar na movimentação da balsa na contramaré.

TEXTO: Magru Floriano. Itajaipedia.

FONTE: LINHARES, Juventino. O que a memória guardou. Itajaí: Univali, 1997.

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