A Nação [jornal]
O Jornal A Nação constitui um caso à parte no jornalismo de Itajaí por diversos motivos. O primeiro deles diz respeito ao seu “status” de sucursal. Acontece que os grandes jornais em circulação no Estado de Santa Catarina que montariam [década de 1970 em diante] sucursais em Itajaí [Jornal de Santa Catarina, O Estado e A Notícia] trabalharam por um sistema onde repórteres e departamento comercial enviavam conteúdo para a edição única promovida pela matriz, no caso, respectivamente, Blumenau, Florianópolis e Joinville. Mas esse não foi o caso do A Nação que mantinha edição personalizada para Blumenau, Itajaí e Brusque, com as sucursais contando com muito espaço no corpo interno do jornal, e, tendo uma capa própria, o que passava a impressão ao leitor de que se tratava de edição local.
Pioneirismo
Outro ponto que diferenciava A Nação dos demais jornais publicados até então em Itajaí dizia respeito ao jornalismo praticado por seus repórteres. Liderados por Renato Mannes de Freitas e Álvaro Armando Balbinot, os jornalistas novatos foram, um a um, aprendendo as novas técnicas do jornalismo moderno que tinha como referência o modelo norteamericano.
Era um texto objetivo, sem adjetivos, opiniões e elogios, tendo no seu primeiro parágrafo o que ficou consagrado como a técnica do “lead” – onde se tentava responder as principais perguntas que o leitor teria necessidade de fazer para ficar bem informado rapidamente: Quem? Quê? Quando? Onde? Por quê? Como?.
Por conta da implantação dessa nova técnica, a redação comandada por Renato Mannes de Freitas ficou conhecida à época como “Academia”, já que todos os repórteres passaram por esse aprendizado.
Equipe
Na sua parte administrativa A Nação contou com profissionais como: Osvaldo Conceição, Marlete Bernardino Rebelo, Nilton Isaac Russi, Wilfredo Eugênio Currlin; na redação contou com os profissionais: Álvaro Armando Balbinot, Nilton Isaac Russi, Renato Mannes de Freitas, Marco Aurélio Gastaldi Buzi, Tolentino da Silva, João Elias Nöthen Adaime, Magru Floriano, Carlos Anversa Bittencourt, e também os colunistas Dalmo Vieira e Carlos Müller.
[Fonte: História da Imprensa em Itajaí – volume I – tomo I – acesso em magru.com.br]