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Naufrágio do navio Revesbydyke

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O navio inglês Revesbydyke naufragou na boca da barra do Rio Itajaí no dia 02 de setembro de 1965, por volta das sete horas da manhã.

Ao sair na barra o navio foi invadido por água que entrou por escotilhas abertas, balançou e liberou parte da carga que estava acondicionada no convés. Em seguida, já com a casa de máquinas comprometida, encalhou. O rebocador Tridente, da Marinha do Brasil, tirou o navio do canal de acesso ao Porto posicionando-o em direção à Praia de Cabeçudas. Ali, o navio naufragou em definitivo, permanecendo neste local até os dias atuais. Durante todo o acidente muita madeira foi liberada, sendo levada pela correnteza para as diversas praias da região. Populares recolheram a carga e algumas casas foram construída em Itajaí e Navegantes com a madeira do Revesbydyke.

O navio foi fretado pela Loyd Brasileiro e era agenciado no Porto de Itajaí pela empresa Transmarte. Transportava uma carga de 3.200 metros cúbicos de taboados de pinho araucária até o porto de Great Yarmouth – Inglaterra. O Revesbydyke estava promovendo uma das suas primeiras viagens internacionais, tinha 85,5 metros de comprimento e 12,7 metros de largura – considerado um tamanho pequeno para o serviço de travessia do Atlântico à época. Foi construído pelo estaleiro Goole Shipbuilding & Repairing Co. Ltda – Inglaterra e lançado ao mar em janeiro de 1965. Pertencia ao armador Klondyke Shipping Co.

O empresário Abílio Ramos fez um contrato de risco para tentar retirar do fundo do mar os motores Rolls Royce do navio, não obtendo sucesso. Já na década de 1990 mergulhadores voltaram aos porões do Revesbydyke para retirar grande quantidade de madeira ali acondicionada. A iniciativa não deu bons resultados e a empresa desistiu da empreitada logo em seguida.

No Acordão do Tribunal Marítimo – processo nº 5.568 de 15 de outubro de 1970 – fica concluído que o naufrágio do Revesbydyke ocorreu com perda total do navio e carga, por imperícia no carregamento do navio e imprudência ao desatracar. Assim, condenou o comandante Edgar Stanley Collins e o imediato Anthony F. Witington com a interdição do exercício de suas funções em águas brasileiras pelo prazo de dois anos.

TEXTO: Magru Floriano.

FONTE: FLORIANO, Magru; BITTENCOURT, Ivan Rupp. Cinquenta anos do naufrágio do navio Revesbydyke. IN: Anuário de Itajaí 2015. Itajaí: FGML, 2015. Páginas 120-131.

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