Carvalho
A localidade de Carvalho, a exemplo do que ocorre com Volta de Cima, sempre teve problemas para ser reconhecida pelos órgãos oficiais do Município. Seu território ficou indefinido ao longo dos tempos, hora unificado à localidade de Ressacada, hora integrando São Vicente, Cidade Nova, Canhanduba e até Dom Bosco.
Nomes antigos
Também recebeu nomes pontuais, como é o caso de Werner – em referência à família proprietária de grande extensão de terra no local; Ponte Nova – quando da construção de uma nova ponte sobre o Ribeirão Conceição [hoje Canhanduba] após a primeira ser destruída durante a Revolução Federalista de 1893; Conceição – em referência ao Ribeirão Conceição.
Denominação atual
O nome Carvalho também carrega consigo muita polêmica.
Duas versões são utilizadas pelos populares para justificar essa denominação.
A primeira, diz respeito à existência de uma grande árvore de Carvalho que se destacava na estrada geral de Brusque, servindo de ponto de repouso aos viajantes.
A segunda, faz referência à uma família que morava na região que tinha o sobrenome Carvalho. Desta forma, a comunidade conseguia distinguir as terras dos Carvalho das terras dos Werner.
A primeira justificativa é a mais utilizada nos dias atuais, recebendo uma versão alternativa dando conta de que o nome Carvalho não se refere a apenas uma grande árvore à margem da estrada, mas da constatação de que no local existiam diversas dessas árvores. Até 2010 ainda era possível avistar uma dessas árvores às margens do Canhanduba.
Delimitação territorial
No ano de 2013 a Câmara de Vereadores constituiu uma Comissão Especial Parlamentar para criação e delimitação dos bairros de Itajaí. Na conclusão dos trabalhos os vereadores propuseram que a prefeitura criasse os bairros: Carvalho, Praia Brava, Volta de Cima, Murta, Imaruí, Salseiros, Vila Operária, Santa Regina. O Bairro Carvalho teria o seguinte território:
“Inicia no ponto de encontro a Av. Abrahão João Francisco com a Rua João Dalmolin, segue pelo divisor de águas da Canhanduba até aproximadamente a cota 200, onde quebra em sentido Norte até encontrar a Av. Abrahão João Francisco, segue pela rua Raimundo Binder até a rua José Gall onde segue até encontrar o ponto de encontro entre o clube Itamirim e a margem direita do rio Itajaí-Mirim, retorna pela margem direita do rio Itajaí-Mirim até a BR-101 onde segue por esta até o ponto inicial.”
Toda a região (Canhanduba, Itaipava, Werner, Carvalho, Ressacada) é considerada um sítio histórico de Itajaí porque por ali passaram as tropas que lutaram na Revolução Federalista (1893). A ponte dos Werner foi destruída por canhões da armada revoltosa e ocorreram enfrentamentos das duas forças (governista e federalista).
FONTE: Itajahy – cantos, recantos e encantos – história das comunidades itajaienses. Magru Floriano. Itajaí: Brisa Utópica, 2021. Disponível em magru.com.br.