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Curiosidades no Centro Urbano

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CENTRO PEQUENO

Segundo o memorialista Juventino Linhares o Centro Urbano de Itajaí era bem limitado no início dos anos de 1900. Ele o descreveu assim: ‘Embora o perímetro urbano pudesse ser oficialmente mais dilatado, ele, na realidade, se circunscrevia ao trecho compreendido, ao Sul, pela atual Avenida Joca Brandão, ao Norte pelo ribeirão da Caetana e ao Oeste pelo cemitério que era ali onde hoje estão a Nova Matriz e a Casa Paroquial.’ Completa Juventino: ‘O Centro comercial concentrava-se […] nas primeiras quadras das três principais ruas: a Lauro Müller, a Pedro Ferreira e a Hercílio Luz, quadras totalmente edificadas. Além dessa área, as casas eram distanciadas, baixas, entremeadas de casebres de madeira com largos trechos baldios onde crescia o mato, ou viçavam roças de cana, rastejando, na beira da praia, capins e ervas raquíticas onde sempre sobravam as rosetas […]’.

PRAIA EM PLENO CENTRO

Muita gente não acredita quando se diz que ali onde estão localizados os mercados já foi praia, era uma prainha de rio onde se pescava muito. Segundo Juventino LinharesLogo adiante, onde está o Mercado era a praia, onde sempre existiam canoas e lanchas puxadas em terra e onde, no verão, nas horas de maré cheia, a criançada se  deliciava no banho e aprendia a nadar, pois naquela época o mar era de acesso difícil e as suas ondas agitadas provocavam natural temor. Naquela praia fluvial foram, por diversas vezes, feitas pescarias com redes [….]’ [página 33]. Mais para a frente, ainda no Saco da Fazenda, tinha a Prainha da Ema. As duas praias fluviais foram aterradas dando lugar aos mercados e também a Avenida Ministro Victor Konder, Centreventos.

CHAFARIZ

Quem visita cidades históricas é comum encontrar nas praças públicas grandes chafarizes. Aqui em Itajaí encontramos nos dias de hoje apenas um chafariz localizado na parte interna do Mercado Público. Contudo, no início do século XX, diante da escassez de água potável na cidade – o sistema de abastecimento de água estava apenas começando de forma precária – a municipalidade disponibilizava vários lugares para coleta de água de boa qualidade. Para atender a população, existia um chafariz na segunda quadra da Rua Lauro Müller, onde, tempos depois, foi construída a casa de Francisco Almeida. Na Rua Quinze de Julho [atuais ruas Gil Stein Ferreira/Olímpio Miranda Júnior] com Vitória [atual Rua Felipe Schmitt] existia o afamado ‘Poço da Nação’ próximo à residência de Jorge Tzaschel. O poço era muito útil à população no tempo que não havia em Itajaí água encanada.

 

TEXTO: Magru Floriano. Itajaipedia.

FONTE: JUVENTINO, Linhares. O que a memória guardou. Itajaí: Univali, 1997.

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