Torii – portal japonês
Segundo explicou o engenheiro Paulo Kodaira, presidente da ANBI – Associação Nipo-Brasileira de Itajaí -, no discurso solene de entrega do monumento à Prefeitura de Itajaí no dia 08 de novembro de 2003: “O torii, em sua origem, é um portão de entrada de um templo Shintoísta, mas atualmente é também um símbolo da tradição japonesa, como vemos no bairro da Liberdade em São Paulo.” Em São Paulo e
em Itajaí os torii são, também, um marco da contribuição do povo japonês ao desenvolvimento dessas cidades e sua presença simbólica nessas comunidades.
O torii instalado na Praça Genésio Miranda Lins, no lado esquerdo da Avenida Ministro Victor Konder, foi projetado pela arquiteta Deise Velosa Nogueira Muniz. Inicialmente a comunidade japonesa pensou na construção de um torii de madeira, mas, conforme explica Paulo Kodaira “Nós tivemos dificuldade de encontrar a madeira certa. Dessa forma, localizamos uma fábrica de postes na região que aceitou o desafio de adaptar suas formas para montar o portal de cimento-armado. O modelo foi copiado de modelos vistos no Japão e, também, no Brasil.”
A construção do torii é uma demonstração inequívoca do esforço da comunidade japonesa de Itajaí no afã de querer participar da vida da cidade. Um esforço que envolveu a realização de bingos e festivais de Sukiyaki, e até doação da Associação dos Amigos do Sol [Japão]. Ao todo foram gastos cerca de cinco mil reais. O torii acabou recebendo o nome de Satoru Yokoyama que faleceu prematuramente a 08 de novembro de 2002. Ele era doutor, professor e pesquisador, empenhado em desenvolver variedades de arroz mais resistentes junto ao escritório local da Epagri. Satoru ocupou em duas oportunidades a presidência da ANBI.
TEXTO: Magru Floriano.