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Morro do Atalaia

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Popularmente utiliza-se duas formas diferenciadas para designar o local: Morro do Atalaia e Morro da Atalaia. Quando se usa o nome no masculino faz-se referência à atividade do vigia, funcionário do Porto de Itajaí, que sinalizava com bandeiras para os comandantes dos navios se a maré estava favorável ou não para o navio adentrar a barra do Rio Itajaí, orientando as embarcações na entrada e saída da barra. Nas primeiras décadas de 1900 a pessoa que fazia este serviço era Francisco Rodrigues que segundo o memorialista Juventino Linhares era velho, ‘alto, magro e narigudo, e que morava no alto do morro, junto ao mastro de sinalização, era o encarregado da vigilância e vivia sempre a perscrutar os horizontes com um binóculo alongado, procurando distinguir as embarcações que se aproximassem‘. [página 29].

Mas, recentemente, a população tem utilizado a expressão no feminino, fazendo referência à praia que fica próxima: Morro da Praia da Atalaia.

Apesar de sua parte mais vistosa estar em território da zona administrativa Cabeçudas, o Morro do Atalaia geralmente é incluído no território da Fazenda, porque o acesso ao Parque Natural Municipal do Atalaia, criado em 2004 pelo decreto nº 7117, fica na Rodovia Osvaldo Reis.

O morro foi cortado na sua base junto ao Saco da Fazenda, com suas pedras servindo de aterro para a construção do molhe da barra. Essa retirada de grande material também serviu para abrir caminho para melhorar as condições de tráfego da Estrada Geral de Cabeçudas.

TEXTO: Magru Floriano e Thiago Floriano.

FONTE: LINHARES, Juventino. O que a memória guardou. Itajaí: Univali, 1997.

 

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