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Espinheiros

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Foto de área rural em Espinheiros

Espinheiros perto da divisa com Ilhota | Foto: Magru Floriano

O nome Espinheiros tem três justificativas plausíveis. A primeira, e a mais corrente entre populares, atesta que o nome Espinheiro é uma referência direta à família Pinheiro proprietária de grande gleba de terra na localidade.

A região praticamente tinha duas famílias proprietárias: no sul, a família Cordeiro – cujo nome deu origem ao Bairro Cordeiros; no norte, a família Pinheiro cujo pioneiro seria Bernardino José Pinheiro.

A segunda versão para justificar o nome faz referência a grande quantidade de árvores com espinhos. Essa teoria é plausível se considerarmos que encontramos em todo o território do Município de Itajaí silvados com arbustos espinhosos.

Na localidade ainda encontramos um morro que é popularmente conhecido como Morro da Espinheira e Morro do Espinhaço.

A terceira justificativa do nome é defendida por historiadores que atestam a existência de uma quantidade razoável de pinheiros. Essas árvores teriam sido derrubas, devido seu valor comercial, ocasionando a expressão popular ex-pinheiro e, depois, espinheiro.

O prefeito Eduardo Solon Cabral Canziani sancionou a Lei nº 694, de 30 de dezembro de 1965, mudando o nome para Santo Antônio, mas a lei “não pegou” e até mesmo a prefeitura pouco utilizou desta denominação em seus documentos oficiais, caindo em desuso.

Marcos históricos

A primeira igreja e cemitério foram construídos em 1930, a primeira escola em 1935. O fornecimento de energia elétrica chegou na década de 1960 e, no ano de 1969 a localidade foi escolhida para abrigar o parque industrial da Cooperleite – Companhia Central Catarinense de Laticínios.

A primeira capela erigida no local, em 1930, em culto a Santo Antônio. Depois, foram erigidas as capelas Nossa Senhora Aparecida – em 1960, Santa Luzia – 1997, Santa Paulina – 2001 no Portal I, Santa Regina, Comunidade Transfiguração – 2003 em Espinheirinhos. Todas elas vinculadas à jurisdição da Paróquia São Cristóvão com matriz na localidade de Cordeiros.

Subdivisão

Espinheiros também recebe uma divisão informal de seu território a exemplo de Canhanduba e Brilhante. Espinheiros de Baixo – área sul, que chega à BR-101; Espinheiros de Cima ou Espinheirinhos – área norte que chega à divisa com o Município de Ilhota.

A região foi se urbanizando aos poucos, principalmente nas áreas das margens da BR-101 e Rodovia Jorge Lacerda, que receberam as empresas envolvidas com o setor logístico do Porto de Itajaí. Mais recentemente foram estruturados grandes loteamentos como: Santa Regina, Portal I, Portal II, São Francisco de Assis.

Em 2019, parte de Espinheiros foi desmembrada dando origem ao Bairro Santa Regina (lei 7098/2019), que recebeu toda a região que compreende os loteamentos Portal II, Jardim Amélia, Santa Regina I e II, São Francisco de Assis e São Domingos.

Desenvolvimento

Para dar conta desse movimento de urbanização da região, já no de 1984, o prefeito Arnaldo Schmitt Júnior sancionou a Lei nº 2147, incluindo na Zona Urbana do Município áreas que margeiam as rodovias BR-101, Jorge Lacerda e Antonio Heil.

A partir dessa lei Espinheiros passou a ter áreas urbanas e áreas rurais, tornando-se uma localidade mixta, como é o caso de Canhanduba e Quilômetro Doze. O prefeito Jandir Bellini reforçou essa tendência de incluir ao perímetro urbano áreas até então consideradas rurais ao sancionar a Lei nº 3359, de 21 de dezembro de 1998.

Delimitação territorial

Criou a décima quarta Zona Administrativa denominada Zona Espinheiros com o seguinte território: “Rodovia Jorge Lacerda, BR-101, canal de retificação do Rio Itajaí-Mirim e contornando o perímetro urbano, até o ponto inicial”. Seu território, portanto, abrange localidades como Toca da Onça e Rio Novo [Colônia Japonesa].

FONTE: Itajahy – cantos, recantos e encantos – história das comunidades itajaienses. Magru Floriano. Itajaí: Brisa Utópica, 2021. Disponível em magru.com.br.

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