Fábrica de Papel Itajahy
A companhia Fábrica de Papel Itajahy foi fundada a 15 de março de 1913 por um conglomerado formado pelos empresários José Deeke, Bruno Hering, Hermann Hering, Hermann Müller, Paul Hering, Hermann Stoltz, Carl Rischbieter, Fides Deeke, Curt Hering, Mav Hering, sob inspiração de Gottlieb Reif. O local escolhido foi a instalação de uma antiga fábrica de caixas de charutos na localidade Barra do Rio. Também nessa localidade, Agostinho Alves Ramos mantinha um galpão que foi repassado à empresa responsável pela Colônia Blumenau. Os imigrantes alemães que chegavam ao Porto de Itajaí, 1850, ficavam abrigados nesse galpão esperando as condições necessárias para tomarem posse em suas terras na colônia administrada pelo Doutor Blumenau. Depois, 1860, o mesmo aconteceu com os imigrantes que vieram colonizar o Vale do Itajaí-Mirim através das colônias que deram origem ao Município de Brusque. A Fábrica foi responsável pela urbanização de grandes áreas no entorno da Barra do Rio por conta da necessidade de criar infraestrutura de apoio a seus funcionários. Criou os loteamentos Tiradentes e Nova Brasília e, no outro lado do Rio Itajaí-Mirim cultivou bambu – matéria prima para produção de papel – no que é hoje conhecido como Bambuzal, na localidade São Vicente. Iniciou produzindo papel bruto e até papel jornal. Depois, sofisticou sua linha de produção para papel seda e guardanapo. No ano de 1972 foi comprada pelo empresário Ernesto Lavratti Netto, sendo seu dirigente, até o ano de 1998, seu filho Roni Lavratti. No ano de 2000 passou para as mãos de outro grupo empresarial com o nome de União de Papéis Indústria e Comércio Ltda experimentando seu ocaso logo em seguida já com o nome de Doce vale Papéis. O prédio foi demolido no dia 17 de agosto de 2014, sendo que o terreno continua baldio até os dias atuais (2024).
TEXTO: Magru Floriano. Itajaipedia.
FONTE: LAVRATTI, Roni. Cia. Fábrica de Papel de Itajaí. IN: DEÓLLA, Lindinalva. Itajaí – imagens & memória. 2 ed. ampl. rev. Itajaí: Amaral editor; Blumenau: Nova Letra, 2016. Páginas 90-1.