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Bairro Dom Bosco

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O nome faz referência ao Parque Dom Bosco, instituição criada, no início da década de 1960, em área existente entre a Estrada de Ferro Santa Catarina e a Rua Brusque inicialmente como um “oratório festivo’.

Por sua vez, o nome da instituição faz referência ao padre italiano João Melchior Bosco, conhecido popularmente por Dom Bosco, criador da Pia Sociedade São Francisco de Sales, que depois se transformou na Congregação Salesiana.

Entre os grandes proprietários de terras na região temos: José Tedéo, José Gal [Gale], Carlos de Paula Seára, Manoel Ferreira de Macedo, Fábio Cesário Pereira, Silvestre Schmitt, Leopoldo Zarling e Gervásio Klock. Carlos de Paula Seára vinha adquirindo terras dos herdeiros de José Tedéo desde a década de 1930, ali estabelecendo sua residência e um sítio com lavoura e criação de gado leiteiro.

No ano de 1953 começou a lotear a área que, por muito tempo, ficou conhecida popularmente como Lito Seára. O Loteamento Lito Seára abrangia as ruas Francisco de Paula Seara, Joaquim Falco Uriarte, José Tedéo, Aristides Palumbo, Aníbal César, Angelo Rodi.

Em área contígua ao Loteamento Lito Seára o grande loteador Leopoldo Zarling criou, em 1961, o Loteamento Dom Bosco. O próprio Lito Seára, em 1959, criaria acima da Rua Indaial o Loteamento Dona Maria. Esse movimento de urbanização da região segue uma tendência de expansão da cidade de Itajaí que inicia com a construção da Vila Operária Presidente Pereira Oliveira, tendo continuidade com o Loteamento Fiúza Lima e, depois, os loteamentos Lito Seára e Dom Bosco.

Um loteamento foi abrindo caminho para o outro, formando, ao longo do tempo, uma área urbana extensa e densamente habitada. Dom Bosco sempre teve problema de se firmar como uma área administrativa autônoma, pelo menos na mentalidade popular, justamente por estar encrustada em uma área entre Fiúza Lima, Matadouro, Ressacada, Carvalho e Vila Operária.

Delimitação

O prefeito Eduardo Sólon Cabral Canziani sancionou a Lei nº 397, de 18 de dezembro de 1961, denominando a região conhecida popularmente por Matadouro de Bairro Dom Bosco. Segundo o texto legal:

“Denominar-se-á Bairro Dom Bosco a região conhecida por Matadouro […] compreenderá os limites assim distribuídos: rua Pedro José João, desde o início da rua Brusque, suas transversais em qualquer sentido, atingindo o Matadouro e seguindo até a variante da Estrada de Ferro, margeando a rua Brusque.”

Acontece que, a 24 de setembro de 1968, o prefeito interino Heluiz Antonio Moraes Gonzaga sancionou a Lei nº 888, denominando o Bairro Dom Bosco e modificando seu território para coincidir com a extensão territorial da recém-criada Paróquia de Dom Bosco. Diz o texto legal:

“Denominar-se-á Bairro Dom Bosco a extensão territorial compreendida pela Paróquia de Dom Bosco, que terá as seguintes delimitações: ao norte, partindo do rio Itajaí-Mirim, descendo pela rua Silva, até encontrar a rua Fiúza Lima, descendo por esta em direção ao sul até a rua João Gaya, seguindo por esta em direção a leste até encontrar a rua Humbelino de Brito, de onde novamente segue em direção ao sul, em linha reta até o Morro da Cruz, seguindo pela encosta deste para oeste até a caixa d’Água e, deste ponto pela linha perimetral até a margem o rio Itajaí-mirim, seguindo pela mesma até o ponto inicial”.

Percebendo que o Bairro Dom Bosco estava legalmente com dois territórios distintos o prefeito Carlos de Paula Seára sanciona a Lei nº 890, de 10 de outubro de 1968, revogando a primeira lei, no caso a Lei n° 397. Acontece que a lei sancionada pelo presidente da Câmara quando prefeito interino, misturou jurisdição eclesiástica [Paróquia Dom Bosco] com jurisdição do Estado [Município de Itajaí – Bairro Dom Bosco].

Nesse sentido, o Bairro Dom Bosco ficou tão extenso que abrangeu terras de Fiúza Lima, São Judas, Vila Operária, Centro, Matadouro, Ressacada e Carvalho.

Por sua vez, o prefeito Jandir Bellini sancionou a Lei nº 3359, de 21 de dezembro de 1998, estabelecendo Dom Bosco como a oitava Zona Administrativa de Itajaí, abrangendo o seguinte território:

“Rio Itajaí-Mirim até a Rua Adolfo Batschauer, seguindo pela Rua Francisco de Paula Seára, Travessa André Barbi, Rua Brusque, Rua Pedro José João, Rua Gustavo Manoel dos Santos, Rua Abrahão João Francisco, seguindo pelos limites com a Ressacada até o Rio Itajaí-Mirim.”

Paróquia

No ano de 1968 a Arquidiocese de Florianópolis criou a Paróquia São João Bosco abrangendo quatro comunidades tendo como matriz a igreja existente no próprio Parque Dom Bosco em adoração a São João Bosco. As comunidades integrantes da Paróquia são: Matadouro – Igreja Nossa Senhora das Graças – fundada em 1950; São Judas – São Judas Tadeu – fundada em 1962; Ressacada – Santa Teresinha – fundada em 2001.

FONTE: Itajahy – cantos, recantos e encantos – história das comunidades itajaienses. Magru Floriano. Itajaí: Brisa Utópica, 2021. Disponível em magru.com.br.

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