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Bairro São Vicente

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Originariamente a localidade hoje chamada de bairro São Vicente era conhecida como Vassourão em referência a um tipo de arbusto abundante no local. (Erroneamente ficou marcada na literatura a informação de que este arbusto servia para a montagem de vassouras). Hoje é chamado de São Vicente e popularmente apelidado pela população itajaiense de “São Viça”.

Antes da ocupação e urbanização a localidade servia como área de caça para moradores de outras localidades de Itajaí e, por muitos anos, a única ligação com o centro era o serviço de travessia do Itajaí-Mirim para o São João, realizado pelo canoeiro Miguel José Wanderherc.

Denominação de São Vicente

A primeira igreja foi feita, de madeira e de forma bem rústica, pelos próprios fiéis de São Vicente de Paulo ainda na década de 1950. Depois, foi feita uma melhor, contando com a doação da Família Ramos. O nome da localidade passou gradativamente a fazer referência ao santo padroeiro deixando, em segundo plano a denominação de Vassourão, que os moradores achavam depreciativa.

No ano de 1990 a Arquidiocese de Florianópolis criou a Paróquia São Vicente de Paulo, abrangendo igrejas das localidades de São Vicente, Cidade Nova, Rio Bonito e Bambuzal.

Mudanças estruturais

A abertura da Rua Estefano José Vanolli, com loteamentos bem ordenados, transformou rapidamente a geografia da localidade. Antes a artéria principal da localidade era a Rua São Vicente, que margeia o Rio Itajaí-Mirim e hoje é considerada uma via secundária.

Também foi fundamental a abertura da Avenida Governador Adolpho Konder ligando o Centro à BR-101 com a ponte Francisco de Almeida (dando continuidade ao traçado da rua Heitor Liberato).

Outra obra que deu uma nova dinâmica para toda a região foi o Canal de Retificação do Rio Itajaí-Mirim e a ponte da Nova Brasília, reconstruída e nominada de Ponte Samuel Francelino.

Crescimento comercial

Devido a todas essas obras, o desenvolvimento foi tão intenso e rápido que, na década de 1990 em diante, comerciantes começaram a se movimentar para criar seu próprio CDL (Clube de Diretores Lojistas). Outros, mais afoitos, falavam em emancipação política para se criar uma nova cidade.

Denominação na Legislação

O prefeito Paulo Bauer sancionou a Lei nº 93, de 12 de fevereiro de 1953, denominando de São Vicente a localidade Vassourão. O prefeito Jandir Bellini sancionou a Leiº 3359, de 2l de dezembro de 1998, dividindo o perímetro urbano em zonas administrativas. São Vicente foi relacionada como a sétima zona administrativa abrangendo o seguinte território: “Rio Itajaí-Mirim, seguindo pela Avenida Adolfo Konder, BR-101, Canal de Retificação do Rio Itajaí-Mirim, até o ponto inicial.”

Subdivisão

No início, o território do “São Viça” abrangia também localidades como Cidade Nova, Bambuzal, Rio Bonito. Devido ao grande desenvolvimento apresentado pela região localizada na outra margem da Avenida Governador Adolpho Konder (popularmente conhecida como Transilvânia) ocorreu o desmembramento entre São Vicente e Cidade Nova através da lei nº 3147, de 20 de dezembro de 1996, sancionada pelo prefeito Arnaldo Schmitt Júnior.

Locais e ruas importantes

Rio Bonito

A localidade recebe esse nome por conta de uma grande plantação de árvore para corte que a madeireira Rio Bonito mantinha no local.

Transilvânia

Apelido dado à avenida que liga o bairro à BR-101. Saiba mais sobre a história no verbete Avenida Governador Adolfo Konder.

Bambuzal

O nome faz referência direta a uma grande plantação de bambu de propriedade da Fábrica de Papel Itajaí. O terreno foi utilizado, entre 1977 e 1982, para a construção, pela Cohab, de um grande loteamento popular visando atender famílias de baixa renda. Recebeu o nome de Núcleo Habitacional Nilson Lourenço dos Santos. O nome antigo da localidade, contudo, continuou no agrado popular e é mantido até os dias atuais.

Fonte: Itajahy – cantos, recantos e encantos – história das comunidades itajaienses. Magru Floriano. Itajaí: Brisa Utópica, 2021. Disponível em magru.com.br.

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